terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ratos, Chuva e Etc

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Eu morava numa casa de uns dois ou três andares, com um pátio grande, de lage. Bem cuidado. A porta da frente ficava no canto direito da sala - no canto esquerdo, tinha a escada. A porta era de vidro e alumínio. Tínhamos uma grade passando a porta e uma longa escada que levava ao pátio. 
Chovia horrores, gotas pesadas e geladas. Não era uma tempestade, mas uma chuva forte. 
Nós mantinhamos a porta de vidro fechada e a grade aberta. Meu pai viu algo lá fora que parecia morto e me chamou. Era um filhote de rato tão pequenininho que mais parecia um pedaço de saco plástico alheio. Meu pai não sabia o que era então foi olhar. Voltou todo encharcado com aquela coisinha miudinha. Eu peguei, verifiquei o sexo e coloquei junto com os meus torcendo pra não estar doente. 

O bichinho cresceu, era um macho albino. Ficou enorme. Meu irmão foi pra tal casa e queria porque queria levar o rato embora com ele. É claro que não deixei.
Além disso, ele estava com um abscesso verde e aberto no pescoço, como se tivesse tomado uma mordida de cobra e a pele em volta estivesse apodrecendo. 

Então apareceu um menino lá em casa - não lembro como - que eu e meu pai fomos super receptivos. Ele parecia ser novo, era baixinho, cabelo encaracolado... Então começou a abusar, me ofender, nos criticar e simplesmente não ia embora nunca. Me ofendi, logicamente, e uma hora a paciência vai pro cu. 
Virei, abri a porta e gritei:
- Sai daqui! Vai embora! Vai! Agora, xispa daqui! 
Ele foi e lembro de ficar bem arrependida depois, esperar que ele fosse voltar. Mas depois botei a cabeça no lugar porque no fim das contas, ele era um aproveitador. 



Na foto, minha rata albina.

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