sábado, 15 de maio de 2010

Duas de mim

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Acho que se olhar no espelho e ver outra pessoa é a pior sensação que se pode ter. E passar por isso, mesmo em sonho, foi horrível. Então, gente, não finjam ser algo pra agradar os outros, não vale à pena. Vocês não vão agradar os outros e nem a si mesmos.

No sonho em questão eu era ruiva e tinha dois corpos (pois é!), não tenho definição melhor do que essa.
A "transformação" ocorria da seguinte forma: em um banheiro, era só levantar uma parede caida (era uma casa abandonada, se não me engano, mas em bom estado). Não doía nem nada, mas era estranho.
No início eu era uma gorda, de óculos, feia, cabelo pixaim e curto. No momento seguinte eu era magra, esbelta e não precisava de óculos; o cabelo era liso e comprido, na altura da cintura.
Ninguém sabia desse meu "poder", mesmo sendo necessário que alguém levantasse e abaixasse a parede do banheiro. Devia ser uma parede mágica, algo assim.
Em todo o caso, era algo que eu já me aproveitava há algum tempo no sonho.

Tinha um cara. Sempre tem um cara - ou melhor, o cara. Ultimamente tenho sonhado com ele e ele é meu amante em todos os sonhos, não necessariamente fazendo coisas que um amante faz.
Enfim, eu sai do banheiro e lembro de me retirar da casa. Não sei o que aconteceu em boa parte do sonho, mas em seguida eu lembro de estar na minha casa.
A casa era enorme, tinha uns cinco andares, parecia aquelas casas muito antigas da burguesia, branca com as sacadas num tom de amarelo tão claro que quase parecia bege. A grama era bem cortada, bem verde, muito baixa e o ar era bem fresco. Estava nublado, mas não estava frio. Também não estava quente, mas lembro de estar de vestido. Um vestido muito bonito por sinal, vermelho e simples até o joelho.
No centro tinha uns canteiros que foram plantados de forma que, podados bem baixos e "cheios" formavam um círculo. Tinha gente lá e fui ver o que estava acontecendo.
Havia uma loira muito bonita e o homem dos meus sonhos - literalmente - também estava lá. Quando cheguei sei que tinha algo a ver com espíritos e a menina estava com um graveto longo e liso. Eu me meti e comentei algo sobre prender os espíritos maus, sabendo que era errado. Não faço idéia de porque eu disse isso.
No chão eu fiz uma carinha :( bem pequena, no que a loira me corrigiu:
- Não! Tem que prender os espíritos bons, ai eles expulsam os maus. E fez uma carinha :) bem grande no chão. A gorda surgiu no meio disso, dos canteiros (a gorda, que era eu, mas eu estava ali, como a magra bonita) e eu lembro de fugir.

Já dentro da casa, havia um espelho muito grande, dividido em três partes sendo a do meio maior. Eu estava de lado para uma das partes menores, na ponta. Recordo do cara conversar sobre o que aconteceu com um senhor. Eu me distrai e quando olhei pro espelho, lá estava a gorda, mau humorada, me encarando. 

Passado um tempo, cortei o cabelo e fui pro banheiro. Não sabia o que pensar. Aliás, eu só pensava que não sabia mais que eu era. Crise de identidade? Não sei. 
Meu cabelo cortado ondulou a ponto de ficar com cachos, na altura dos ombros. Eu andava de um lado para o outro quando o cara entrou banheiro adentro e eu torci pra ele não me reconhecer (como se um corte de cabelo pudesse isso tudo). Não sei se ele percebeu, mas ele saiu e eu fui pro quarto. 
E lá estava ele :D
Nós conversamos um pouco, não lembro sobre o quê. Sei que me senti melhor, mas ele - pelo menos parecia - estava meio preocupado. Nos beijamos e eu acordei.


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